Governo
do Estado do Acre
Secretaria
de Estado de Educação e Esporte
Coordenação
de Ensino Superior e Educação a Distância
Centro
de Educação Permanente – CEDUP – Polo de Acrelândia
sdccedupacrelandia@gmail.com – (068)3235-1461
PROJETO: Formação Básica de Informática
-Edna
Bernardino e Silva
Contato
eletrônico: ednabernardino@hotmail.com
Função: Coordenadora do
(NTE) Núcleo de Tecnologia Educacional
-Izabel
Correia dos Santos Monteiro
Contato
eletrônico Izabelmonteiro.pcm@gmail.com
Função: Formadora
do NTE
Domingas da Costa Ferreira
Contato eletrônico: sdccedupacrelandia@gmail.com
Função: Coordenadora do Pólo
UAB-UNB
Marta Belmont da Silva
Função: Secretária do Pólo
UAB-UNB
Teresa Alves Pereira da
Cunha
Função: Secretária do Pólo
UAB-UNB
Acrelândia. Maio de 2012.
TEMA: CAPACITAR PARA A
CIDADANIA
INTRODUÇÃO
O
mercado de trabalho ao longo dos anos tem passado por mudanças, significativas dentre
elas a inserção do computador nas Empresas, nas escolas como práticas puramente
administrativas, contribuindo com muitas
quebras de paradigmas.
A tecnologia começou a
mudar a forma de tratamento cliente/consumidor e dos métodos de trabalho dos
funcionários.
A
Informática está presente em nosso dia a dia, nos lugares que
frequentamos,sendo assim se faz necessário saber usar um computador, dominar a
rede, então o projeto “Capacitar para a Cidadania” entra como grande
participante diante da possibilidade do cidadão comum interagir com a rede, a
Informática propriamente dita.
O tema abordado pelo projeto é à qualificação dos
funcionários desta instituição para este novo tipo de profissional exigido pelo
mercado de trabalho.
Compreender o funcionamento desta nova
tecnologia é de fundamental importância considerando que o mundo do trabalho este
cada vez mais competitivo.
O PROJETO
A primeira preocupação é a de produzir as
apostilas dos temas propostos, ou seja, algo que possa alertar os novos funcionários
sobre a ética no uso destas novas tecnologias assim como prepará-los sobre o
uso de ferramentas para produção de textos (BrOffice.org Writer), planilhas de
cálculos (Microsoft Excel e BrOffice.org ), apresentações (BrOffice.org
Microsoft Power Point e Draw) Internet e sistemas operacionais (Windows XP e
Linux).
Para a coordenadora
do Polo e a multiplicadora do projeto, Professora Domingas da Costa e Prof.ª
Izabel C. dos Santos Monteiro, a implantação do projeto significa um marco
inicial diante de uma longa e promissora caminhada. “A meta é mostrar para os
funcionários a diferença que o conhecimento faz na vida de cada pessoa"
proporcionando-lhes embasamento para que possam usufruir delicias do universo
tecnológico
A
metodologia do curso prevê a duração de três meses do ano de dois mil e doze,
com encontros presenciais todas as
quartas-feiras.
LOCALIZAÇÃO
O
presente Projeto será ministrado no Laboratório de Informática desta
Instituição de Ensino Superior, localizada na Rua Adnilson Rogério de Oliveira,
bairro centro, na cidade de Acrelândia- Acre.
GRUPO DE ESTUDOS
·
13 funcionários lotados nesta instituição de Ensino
Superior Polo da Uab-unb. Em Acrelândia Acre
A TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO NO COTIDIANO SOCIAL
As várias expressões
das tecnologias da informação estão dia-a-dia mais enfronhadas no tecido
social. Haja vista, as manifestações tecnológicas quase que diárias, por meio
do surgimento de novos equipamentos, programas, estratégias e práticas, que a
seu turno, imprimem uma nova dinâmica nas relações sociais.
Não obstante, o fato
do alargamento na abrangência destas tecnologias todas, ainda persiste o fato,
de que nem todas as camadas sociais possuem acesso a estes recursos. Se forem
constantes e recorrentes, os equipamentos e programas voltados à facilitação de transações financeiras,
industriais, comerciais ou tributárias, isto não se verifica no quinhão social.
São raros os programas voltados às áreas da saúde ou educação, por exemplo.
Quando estes existem, são disponibilizados a uma parcela da população, que por
razões diversas, não representa uma grande fração do todo maior.
Verificando
as hipóteses possíveis, para uma maior capilarização de recursos tecnológicos,
na área social, temos a inserção de equipamentos e programas nos espaços
escolares. Esta ação tem muito vinculada
a um necessário aporte de recursos do Estado, pode ser vista na posição
assumida por Castells, em sua obra A Sociedade em Rede, quando este trata da
questão relativa às relações possíveis, entre a sociedade e a tecnologia, nos
trazendo que: [...] o que deve ser guardado para o entendimento da relação
entre a tecnologia e a sociedade é que o papel do Estado, seja interrompendo,
seja promovendo, seja liderando a inovação tecnológica, é um fator decisivo no
processo geral, à medida que expressa e organiza as forças sociais dominantes
em um espaço e uma época determinada [...]. (CASTELLS, 1999, p.31).
Tal ação estatal
estaria em sintonia com o fenômeno tecnológico vigente, na medida em que temos
muitas das expressões tecnológicas já nas mãos das pessoas. São câmeras
digitais registrando imagens do dia-a-dia, celulares encurtando distâncias e
aproximando pessoas, computadores de mesa e móveis, adentrando as casas e
servindo as famílias, programas de uso cada vez mais intuitivos interagindo com
crianças, jovens, adultos e idosos, MP3, MP4 e MP5, possibilitando o lazer, por
meio da reprodução de músicas e vídeos.
Esta nova face das
tecnologias implica também, em uma reestruturação dos costumes, da construção
de um novo cidadão e de uma nova sociedade.
CASTELLS (1999), examinando o assunto,
destaca a complexidade deste novo paradigma, salientando que estamos diante do
surgimento de uma “nova economia, sociedade e cultura em formação”. Como,
então, manter os olhos fechados a um fenômeno social de tal envergadura? Seria
justo, apartar alguma parcela social de tal momento social? Mas justo seria,
buscarmos caminhos para a interação social das suas várias camadas, usando-se
para tanto exatamente os recursos tecnológicos, motivadores deste novo
paradigma sócio tecnológico.
Esta hipótese nos
traz a tecnologia como ferramenta de transformação social, por onde se faria
uma eventual conversação entre os vários nichos da sociedade, tendo-se como
ferramentas potencializadoras os equipamentos, programas e estratégias da
tecnologia da informação. Se estivermos frente a uma transformação, dos valores
e costumes sociais eminentes, é importante sairmos da condição passiva e
expectadora, passando ao estado propositivo e proativo.
CASTELLS (1999), a seu turno, se refere este momento social, como a revolução
da tecnologia da informação, atribuindo a esta “penetrabilidade em todas as
esferas da atividade humana”. Ora, se tal fenômeno se faz presente de forma tão
intensa e larga, no tecido social, por que não aperfeiçoar a favor desta mesma
sociedade? Talvez, inclusive, não seja apenas uma questão de oportunidade, mas
inclusive de obrigação social em fazê-lo.
Mas, claro, de nada
adiantaria tentar aperfeiçoar tal fenômeno social, se teimosamente,
insistíssemos em tratar este assunto, de forma descontextualizada e estranha ao
sujeito do processo. Imaginemos um dispositivo tecnológico, cuja interface, se
comunicasse em idioma estrangeiro com um usuário com domínio apenas do idioma
nacional. Ou, ainda, um programa que apenas imprimisse na tela as informações,
interagindo com outro usuário, que por sua vez, possuísse deficiência visual
severa. Ou, talvez, um recurso tecnológico cuja interação com o sujeito dependesse
de acesso a Internet rápida, sendo que este sujeito habita em um local
desprovido de tal acesso. Estas e outras situações implicariam na inviabilização precoce da experiência
tecnológica.
É tão inviabilizadora quanto às condições
anteriores, seria propor o uso das referidas tecnologias por parte do sujeito,
balizando este uso, em valores e ideias culturalmente estranhas a este.
Imaginemos, mais uma vez, um programa de computador, onde o objetivo é discutir
e aprofundar conhecimentos em Física Quântica ou Matemática Avançada, onde o
público-alvo é um grupo de cidadãos, membros de uma instituição comunitária.
Este grupo, talvez, ficasse mais a vontade com recursos tecnológicos, que lhes
possibilitassem a discussão e eventual produção de soluções, para assuntos da
sua comunidade.
Refletindo sobre a pertinência, na correta contextualização
no trato das tecnologias, CASTELLS (1999) faz referência à revolução da
tecnologia da informação, alertando para o fato de que “devemos localizar este
processo de transformação tecnológica revolucionária no contexto social em que
ele ocorre e pelo qual está sendo moldado". Não significa, portanto, que
este ou aquele recurso tecnológico é melhor ou pior, mas sim que estes recursos
precisam ser pensados, em razão direta das suas finalidades e real adequação
com o contexto social, no qual será usado. E disto, dependem os valores sociais
e o perfil cultural dos sujeitos deste processo.
A CONSTRUÇÃO DO SABER TECNOLÓGICO
A compreensão de uma nova informação, transformando esta em
saber, passa por processos cognitivos pessoais, amparados nas bagagens somadas experienciais
sócias culturais pregressas do sujeito. Este, então, um bom caminho a se
seguir. Considerando-o na empregabilidade os saberes adquiridos para uso
pessoal e profissional
O nicho dos recursos da tecnologia da
informação é amplo, dividindo-se superficialmente em equipamentos e programas.
A partir disto, temos interfaces físicas e virtuais, que pretendem interagir
com o sujeito deste processo. A pergunta a ser respondida é: Como e quais
equipamentos e programas poderão ter significado para este sujeito?
Para responder a esta
pergunta poderíamos percorrer vários caminhos. Dentre eles está o olhar de
TARJA (2005), para o mercado de trabalho, quando esta nos diz: “É interessante
ressaltar que a maior parte dos empregos que surgirão no próximo século ainda
não existe e com certeza eles, de alguma forma, utilizarão as novas tecnologias
da informação e comunicação; portanto, cabe à escola prestar a sua grande contribuição
na formação de indivíduos pró-ativos atuarem nas economias do futuro” (TARJA,
2005, p.38).
Compreender
o uso de um computador e de seu sistema operacional, da impressora, do editor
de textos ou do reprodutor de mídias, passa a ser condição essencial para a
inserção qualificada, no mercado de trabalho e na própria sociedade. Assim,
dominar as tecnologias da informação, não é mais algo ligado apenas a alguns
grupos sociais, ou a prática do lazer e do entretenimento. Também é algo
necessário, para maior penetração no
mercado de trabalho e na interação social como um todo, o que catapulta tal
conhecimento, para um maior nível de importância no seio da sociedade
contemporânea.
Precisamos
de um cidadão com habilidades tecnológicas múltiplas para que este possa
interagir com a grande diversidade tecnológica. Se for verdadeiro, que o
cidadão especialista é figura importante no contexto social, também é verdade
que em uma sociedade altamente dinâmica como a nossa, o cidadão ganha terreno,
passando a ocupar lugar de importância nos dias atuais.
Ao lermos a visão de TARJA (2005) sobre o
tipo de formação desejado para o cidadão moderno, percebe-se a necessidade da
formação de um novo homem. O perfil do novo profissional não é mais o
especialista. O importante é saber lidar com diferentes situações, resolver
problemas imprevistos, ser flexível e multifuncional e.
estar
sempre aprendendo. (TAJRA, 2005, p. 8)
Fica
apontada, assim, a necessidade de um processo de apropriação do conhecimento,
que passe pelas várias frentes do saber tecnológico moderno. É importante que o
cidadão moderno, saiba lidar com interfaces diversas, físicas e virtuais, de
modo a aperfeiçoar sua interação com este meio. É igualmente importante, que o
mesmo cidadão, tenha agilidade mental para se adequar às novas propostas
tecnológicas, que eventualmente estão por vir.
E, claro, é ainda de grande relevância que
consigamos dar significado ao uso destes recursos a este cidadão,
contextualizando o uso da tecnologia da
informação, nas realidades vividas e por viver.
OBJETIVOS
a) Promover
a aproximação entre os integrantes do grupo de estudos;
b)
Apresentar a idé ia e os recursos das TICS – Tecnologia da Informação;
c) Discutir
a possibilidade de utilização desta tecnologia no contexto da instituição de
ensino;
d) Permitir
que o cursista estabeleça uma relação com os equipamentos, manuseando-os;
f) Propor
aos participantes estratégias para sua participação no cenário mercadológico,
otimizando o uso das várias interfaces tecnológicas digitais, com ênfase em
abordagens socioculturais, lúdicas, dinâmica;
g)Viabilizar
pesquisas sobre conteúdos de interesse profissional, com ênfase no enlace possível
entre estes interesses e o mercado de trabalho da região local;
h)Desenvolver
a atitude reflexiva dos participantes em relação ao conteúdo pesquisado,
confrontando este com a sua realidade.
RECURSOS
a)
Computador de mesa;
b)
Computador portátil;
c) Impressora;
d) Projetor
Digital;
e) Câmera
Digital;
f)
Celulares;
g) CD e
DVD;
h) Sistemas
Operacionais: Linux;
i)
Ferramentas reprodutores e copiadores de mídias, navegadores de pastas e de
Internet, editores de desenhos, editores de textos, planilhas de cálculos, etc.
j) Acesso à
Internet.
DESCRIÇÃO/ ATIVIDADES
a) Promover
diálogo informal para socializar a compreensão pessoal dos integrantes do grupo
de estudos, sobre as tecnologias da informação e suas expectativas com relação
ao uso desta mesma tecnologia no espaço social ou não;
b) Identificar componentes do PC, ligar/desligar;
c) Manusear recursos do Menu Sistema;
d) Explorar jogos
e) Elaborar texto coletivo com final diferente no Editor do
texto BrOffice.org
f)Observar
as formas de interação do grupo entre si e com os recursos tecnológicos;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
·
Operador de microcomputador (Digitação);
·
Sistema Operacional Linux e seus componentes;
·
Usando e praticando os serviços oferecidos pela
Internet;
·
Processador de Texto – BrOffice.org writer;
·
Editoração Eletrônica - Power Point;
·
Planilha Eletrônica: Microsoft Excel e etc.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
experiência de aprender, numa articulação constante entre a teoria e a prática,
figura-se como um instrumento de pesquisa e análise. É, nesse primeiro contato do cursista com as
realidades do cotidiano, que serão avaliados o saber e a vivência dos mesmos,
como elementos que devem ser considerados como ponto de partida para a
construção de novos conhecimentos.
Nesse
sentido, será realmente enriquecedora a prática de ensino realizando o Projeto Capacitar para a Cidadania, tanto pelos
recursos disponíveis quanto pela visão de vanguarda que seus organizadores
tem mediante a necessidade do emergente
mercado de trabalho.
A
experiência dos funcionários, salvo melhor juízo, será bastante significativa,
destacando-se pelo seu aspecto inovador, mostrando que será perfeitamente
possível se fazer algo novo e atraente com os recursos antigos, basta para isso
renovar.
Referências
CASTELLS,
Manuel. A sociedade em rede. São Paulo, SP: Editora Paz e Terra,
1999.
OLIVEIRA,
Marta K. de. Vygotsky. aprendizado e desenvolvimento, um
processo
histórico. São Paulo, SP: Editora Scipione, 1993.
TAJRA,
Sanmya Feitosa. Informática na Educação. São Paulo, SP: Editora Érica
Ltda.,
2005. Dissertação (Mestrado).
TOFFLER,
Alvin. A Terceira Onda, violando o código. 13ª edição. Record1980
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