Os cursos por correspondência foram majoritários durante mais de um século. Era tecnologia mais viável economicamente para atender a alunos isolados e de forma individual. Essa realidade mudou drasticamente nos últimos vinte anos. As redes trazem uma interatividade e aproximação entre professores e alunos na EAD que antes ficava comprometida pelas dificuldades técnicas. O ser humano uma vez acostumado a um patamar de interatividade maior, dificilmente suporta um modelo em que há um distanciamento físico tão forte como ocorre no ensino por correspondência.
Toda a educação, não só a específica a distância, caminha para uma utilização
intensiva de tecnologias, de atividades a distância, mesmo nos cursos presenciais,
com maior interação.
Todas as tecnologias podem ser utilizadas, principalmente de forma combinada. Os
modelos que mostram o professor – como os da teleaula – conseguem atrair muitos
alunos porque reforçam o papel do professor a que os alunos estão acostumados.
Mas nenhum curso de longa duração utiliza uma única tecnologia. Tele ou videoaulas
se combinam com atividades em ambientes virtuais, que podem ser acessadas
através de qualquer aparelho que se conecte com a Internet. Recursos mais
tradicionais como a TV e o Rádio tem um espaço grande para crescer. O público gosta
e está acostumado a esses meios. Nos falta hoje uma política de incentivo à TV, com
apoio de outras mídias. Passamos muito rapidamente das mídias tradicionais às
digitais (Internet), sem fazer uma integração maior. Países como a China e a Índia
utilizam de forma intensiva a televisão, com milhões de alunos. O Brasil deu as costas
para a TV e o rádio, tão populares no dia a dia.
O avanço impressionante de computadores e tablets está personalizando claramente
o processo de aprendizagem. Não podemos dar o mesmo conteúdo e atividades para
todos, no mesmo ritmo. Os alunos querem ser tratados de forma mais individualizada.
Caminhamos de uma EAD mais industrial, massiva, de produto pronto, igual para
todos para modelos bem mais flexíveis, que combinam o melhor do percursos
individual com momentos de aprendizagem em grupo, de colaboração intensa.As
tecnologias WEB 2.0, gratuitas e colaborativas facilitam a aprendizagem entre colegas,
próximos e distantes. Tudo caminha para ser mais aberto, ágil, intuitivo (touchscreen
ou telas sensíveis ao toque, como nos tablets). Falta no Brasil melhorar os preços
destes equipamentos (essa perspectiva é próxima) e melhorar a banda larga (ainda
falta muito).
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